Fukushima - 2 meses depois

Energia elétrica. Nós precisamos de eletricidade para ficar no conforto do lar, para trabalhar, para se divertir, até para consumir nós precisamos de energia. Está energia nos é proporcionada a altos custos ambientais. Cada nação tem uma matriz energética sustentada por algumas das formas tradicionais podendo ser, termoelétrica, hidrelétrica ou energia nuclear. Todas elas de uma forma ou de outra causam impactos ao meio ambiente. 
A energia nuclear representa 4% da produção de energia no Brasil, mas em países Europeus chega a ser 30%. Esta energia provém do calor que se desprende através da fissão de elementos químicos como o urânio. Levando-se em consideração a produção total de energia elétrica no mundo, a participação da energia nuclear saltou de 0,1% para 17% em 30 anos. Vale lembrar que este tipo de  produção de energia não é renovável, uma vez que a sua matéria-prima é extraída de minerais.
Algumas vantagens são registradas para este tipo de produção energética: não contribui para o efeito de estufa; não polui o ar com gases de enxofre, nitrogênio, particulados; não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos espaços para sua instalação; é a fonte mais concentrada de geração de energia.
Mas em compensação, podemos citar também as desvantagens desta produção: necessidade de isolar a central após o seu encerramento; é mais cara quando comparada às demais fontes de energia; os resíduos produzidos emitem radiatividade durante muitos anos; dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em questões de localização e segurança; pode interferir com ecossistemas; grande risco de acidente na central nuclear.
Frente às vantagens e desvantagens já citadas, percebemos que os efeitos prejudiciais oferecidos pela possível ocorrência de um acidente nuclear causa prejuízos irreversíveis, podendo atingir não somente dimensões locais como globais.  
O acidente que todos assistimos pelos telejornais foi algo a preocupar toda a nação. A usina de Fukushima no Japão teve seu funcionamento prejudicado após uma seqüência de processos naturais como o terremoto e tsunami que assolaram a costa deste país. Quando estes fenômenos ocorreram eles danificaram o sistema de refrigeração dos reatores causando vazamento do material radioativo.
Esta radiação tende a penetrar no organismo e provoca deformações celulares podendo causar câncer. Este acidente já está sendo comparado com o ocorrido em Chernobyl- 1986.
Para evitar a exposição da população local, o governo japonês isolou um raio de 20 quilômetros da usina e restringiu a navegação em um perímetro de 30 km ao redor da unidade.
Mas a preocupação com a radiação não se restringe somente a exposição humana direta, mas também quanto a questão da contaminação do solo, da água e do ar.
Uma vez estando o solo contaminado, os alimentos produzidos na região ficam comprometidos, da mesma maneira, o lençol freático pode ser atingido inutilizando a água e impossibilitando-a para consumo da população local. A população local sofre as conseqüências deste desastre direta e indiretamente. Seus organismos são afetados pela radiação que se espelha pelo ar e contamina os arredores. O solo exposto da região é contaminado e como conseqüência os alimentos e a água atingem níveis insalubres. A água do mar também é alvo da radiação e estando contaminada compromete os organismos marinhos.
Neste momento percebemos que acidentes desta magnitude podem atingir escalas globais, pois existe a prática de exportação de produtos alimentícios entre países. Estes alimentos preocupam o resto do mundo e as exportações da região de Fukushima em alguns países somente são aceitos após teste de radiação, já em outros países, alimentos vindos do Japão não estão mais sendo importados.
Outra preocupação que atinge a esfera global é quanto ao perímetro que a radiação pode alcançar, tanto pela água quanto pelo ar.
Certamente podemos dizer que o desastre nuclear é o que causa maior impacto ambiental, uma vez que atingi dimensões incontroláveis tanto em intensidade radioativa quanto em dimensões geográficas. O ar, a água, o solo, a flora e a fauna são impactadas nesta situação.
Precisamos de ar pra respirar, dependemos do solo para comer, e dependentes da água para sobreviver, então qualquer que seja o impacto sobre estes elementos iremos sofrer em escala global.
             Atrevo-me a dizer que a responsabilidade sobre este impacto é de todos, é de cada um que no seu dia-a-dia consome de forma irresponsável, que desperdiça energia. Apagar a luz, desligar a TV, trocar as lâmpadas, são posturas que vão demandar menos energia e assim uma necessidade menor de se construir novas usinas.


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