Transportes: um problema associado a Superpopulação

No Brasil cerca de 81% dos brasileiros vivem em cidades (IBGE, 2001).
Esta multidão está submetida aos problemas inerentes a este novo ecossistema de concreto, sendo eles: infra-estrutura; serviços; geração de resíduos; sociais; econômicos; políticos-administrativos.
Poucas são as cidades que foram estruturadas e possuem reais condições de abrigar todas estas pessoas sem passar por muitos dos problemas já citados. O caos em que estamos inseridos é observamos na prática, nos jornais e na televisão.
As cidades, suas ruas e quadras foram estruturadas para suportar um número x de habitantes e um número y de automóveis. O que enfrentamos é superlotação das ruas, avenidas e estabelecimentos.
Na questão dos transportes, acredito que subsídios fornecidos pelo governo seria uma solução. Imaginem se tivéssemos transporte público de graça, com conforto e horários flexíveis... Quem não usaria?
E ainda, se o transporte de cargas e alimentos fosse realizado por trem, e esses trens fossem híbridos... Que maravilha! Idéias existem assim como as soluções, o que falta é vontade de fazer. Hoje os interesses políticos cegam aqueles que têm o poder de tomar decisões...
Mas pelo menos temos notícias de algumas ações que estão sendo tomadas para remediar os danos da superpopulação e dos excesso de automóveis...
Na região onde moro, entre os municípios de Novo Hamburgo e São Leopoldo, está sendo providenciado o “desafogamento” da BR116, através da construção de novas rodovias que desviem o transito da rodovia principal, estabelecendo vias alternativas para se chegar em determinados destinos. São exemplos a Rodovia do Parque e a Avenida dos Municípios. Esta medida, adiada há muitos anos, torna-se urgente, uma vez que trafegar na BR116 torna-se um desafio diário devido ao congestionamento.
Desta maneira é inevitável associar este problema pontual dos transportes com o aumento populacional, e ainda o aumento populacional localizado nos grandes centros mal estruturados para abrigar tantos números.
A demanda por carros nos leva a necessidade de aumento de produção, consumo de minérios assim como sua extração e inevitável geração de resíduos. Um maior número de carros circulando significa mais poluição atmosférica, mais asfaltos e infra-estrutura rodoviária, o que leva produção e mais uma vez, geração de resíduos.
Percebemos que estamos andando em círculos, estamos buscando as coisas erradas nos locais errados. Todo este desenvolvimento que as cidades e as pessoas destas cidades buscam só pode ocorrer se houver uma preocupação ambiental. Sustentabilidade deve ser a chave da cidade, chave esta que abrirá as portas para um futuro melhor.

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